quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Quem não tem cão, caça com gato

Onde quer que vá, por muito longe que vá, não deixo de sentir a necessidade de me alimentar convenientemente. Quem me conhece bem sabe que não resisto a um belo petisco, docinho, ou tudo aquilo que constitua comida propriamente dita (com a excepção dos bróculos e dos espinafres). Devido a essa minha necessidade fisiológica, tenho vindo a apurar o meu gosto pela culinária, o que nem sempre é fácil quando nos mudamos para um país como a Lituânia, onde a escassez de alimentos semelhantes aos portugueses é bastante elevada.
A mudança de casa, trouxe também algumas limitações na preparação dos ditos petiscos, em especial aqueles que são extremamente calóricos. O electrodoméstico de que mais tenho sentido falta é sem dúvida a batedeira, bater claras em castelo com um batedor de varas não é para todos, só mesmo para quem tem MUITA paciência. Vai daí, que o meu companheiro de casa, Gerald, decidiu adaptar um outro electrodoméstico, a varinha mágica, numa batedeira. Isto, só depois de eu ter levado um banho de natas. Como diz o ditado popular, "Quem não tem cão, caça com gato".


segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A lesma e a distância...

Se procurarmos distância no dicionário aparece-nos toda uma variedade de definições, como afastamento, intervalo entre dois lugares, período de tempo entre duas ocasiões, entre outras explicações. O que escasseia no dicionário é a aplicabilidade na vida real.
Eu estou a aproximadamente 3500 quilómetros de Portugal, distante de tudo e de todos. O que me traz então a distância? Quais as vantagens e desvantagens desta distância? Não é fácil enumerá-las ou mesmo decidir qual delas pesam mais na nossa vida. Por um lado, a distância tem a vantagem de nos proporcionar novas experiências, aprendizagens, de nos ajudar a dar valor ao que deixámos para trás, ajudar a crescer e a conquistar a nossa independência, o nosso lugar no mundo. Mas tudo tem prós e contras, e por vezes a distância é um verdadeiro empecilho. As notícias chegam-nos de longe e vemo-nos impedidos de responder como faríamos se a distância não existisse, sentimo-nos impotentes perante a realidade. Este é o principal contra da distância, sentirmo-nos impotentes.
Resta-nos apoiar aqueles que mais gostamos da única maneira que podemos, através das palavras. Por isso, para ti, toda a força do mundo.

As lesmas patinam?!

Calçar os patins foi a parte fácil. A seguir surgiu a pergunta, "Será que dá para caminhar com os patins na alcatifa?". A verdade é que funcionou, e acreditem, foi a parte mais fácil. O aproximar do ringue de patinagem fez-se sentir por um friozinho que percorreu a espinha. 
Um patim no gelo, um segundo patim no gelo e imediatamente a mão no corrimão para evitar cair. O gelo é mesmo escorregadio! Os primeiros metros foram percorridos sempre com a mão no corrimão. Como lesma destemida que sou, lá soltei o corrimão e me libertei para mais uma experiência incrível.
Não foi a minha primeira experiência no gelo, mas sim a segunda. A primeira foi há uns anos, lá para os lados de Santos. O que têm em comum estas duas tentativas? Não caí! Desta vez fui muito mais destemida, o que me valeu uma quase queda, com direito a mão no chão e muito gelo solto. Para a próxima serei ainda mais destemida, talvez tente umas piruetas.

Moral da história: as lesmas patinam e com muita classe.

Envelhecimento de uma lesma

O dia 30 chegou com a previsão de um daqueles dias para esquecer, embora fosse o meu aniversário. Exame no dia seguinte de Oceanologia (muito interessante, não fosse  ter de estudar a Wikipedia), e ainda muito por perceber. Mas não é que o dia foi Fantastiškai (como dizem aqui por estas bandas). Como imagem valem mais que mil palavras, aqui fica o resumo em imagens.

"Eu" com a minha prenda. Tudo para aquecer as orelhas neste
país do frio.
Acham mesmo que estou parecida?


Pizza de carne. Hum.. que memórias deliciosas.
Não é para todos, só para alguns, viver com um italiano.
Por fim... o bolo de chocolate. Happy Birthday foi o que ouviu.

Muito obrigada pelo dia inesquecível que me proporcionaram e por minimizarem a falta daqueles que deixei em Portugal.